Correção de curva de alto grau na escoliose idiopática do adolescente

cirurgia estadiada

Autores

  • Mohamed Ahmed Nasreddine Hospital do Servidor Estadual de São Paulo
  • Raphael de Rezende Pratali Hospital do Servidor Estadual de São Paulo
  • Carlos Eduardo Gonçales Barsotti Hospital do Servidor Estadual de São Paulo
  • Francisco Prado Eugenio dos Santos Hospital do Servidor Estadual de São Paulo
  • Carlos Eduardo Algaves Soares de Oliveira Hospital do Servidor Estadual de São Paulo

Palavras-chave:

Escoliose, Adolescente, Coluna vertebral posterior, Coluna/cirurgia

Resumo

Paciente de 14 anos, sexo feminino com queixa de deformidade em tronco, sem dor ou limitação funcional. Inicio da deformidade aos 8 anos. Ao exame, notava-se deformidade severa no tronco, o exame radiográfico mostrava curva torácica proximal com 44° (T1-T5), torácica principal com 124° (T5-T11) e lombar com 57° (T12-L4). As radiografias com inclinação lateral mostravam uma correção para respectivamente 32°, 126° e 44°. No plano sagital, havia uma cifose (T4-T12) de 62°. Segundo a classificação de Lenke, consideramos um tipo 4B+ e segundo classificação de King-Moe uma deformidade do tipo II. O plano de tratamento era uma instrumentação com artrodese por via posterior de T3- L4, com uma osteotomia do tipo VCR (“Vertebral Column Ressection”) de T8. A cirurgia foi estagiada em dois tempos, sendo que no primeiro foi realizada a instrumentação de T3-L1, pulando T8 (VCR) e, com a colocação de uma haste temporária para estabilização do segmento, houve uma correção para T1-T5: 40° (44°), T5-T11: 73° (124°), T11-L4: 52° (62°). Assim, foi decidido por uma mudança na programação cirúrgica com a realização de múltiplas osteotomias da coluna posterior, devido ao bom resultado da primeira correção. O resultado final demonstrou uma correção para 45° entre T5-T11, representando uma diminuição de 69% da curva inicial e 18° entre T11-L4, 29% da inicial. Concluímos que com a cirurgia estadiada e colocação de haste temporária podemos obter um melhor entendimento da curva, podendo realizar um tratamento especifico para cada caso.

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Biografia do Autor

Mohamed Ahmed Nasreddine, Hospital do Servidor Estadual de São Paulo

Médico Residente (R4) em Coluna do HSPE – IAMSPE – São Paulo

Raphael de Rezende Pratali, Hospital do Servidor Estadual de São Paulo

Médico Assistente do Grupo de Coluna do HSPE – IAMSPE – São Paulo

Referências

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Publicado

2015-01-09

Como Citar

1.
Nasreddine MA, Pratali R de R, Barsotti CEG, Santos FPE dos, Oliveira CEAS de. Correção de curva de alto grau na escoliose idiopática do adolescente: cirurgia estadiada. RTO [Internet]. 9º de janeiro de 2015 [citado 9º de novembro de 2024];15(1):7-11. Disponível em: https://rto.emnuvens.com.br/revista/article/view/288

Edição

Seção

Artigos